quinta-feira, 29 de maio de 2008

"Não preciso de modelos. Não preciso
de heróis. Eu tenho meus amigos."

Deturpações

“Os meus amigos todos estão procurando emprego” diz a letra composta na década de oitenta por Renato Russo. E, quase trinta anos depois, os meus também estão. Ninguém lhes perguntou se eles gostariam de fazer poesia ou ter um emprego. Mas trabalhar deixou de ser um meio ou uma causa, passou a ser conseqüência de existir.

Seria possível então, enquanto vivermos sob a doutrina do capitalismo, desaparecer o trabalho? A tendência mais provável, é que sofra mutações, até perder totalmente o sentido. E então, como alguns prevêem, todas as funções serão, de fato, realizadas por máquinas automáticas: os homens.

Ora, estaremos então, 120 anos após a abolição, condenados a nos tornar escravos de nós mesmos seguindo uma receita que não tem dado certo? Ou devemos experimentar seguir o exemplo de Michelangelo e investir o nosso tempo, o nosso trabalho, em algo que nos faça sentir realizado mesmo que seja um grande bloco de mármore?

quarta-feira, 28 de maio de 2008


Quando nasci, na minha rua tinha um campo de futebol enorme,
um parque com um lago de frente pra minha janela e um imenso
campo de eucalíptos do outro lado da Rod. Bandeirantes.

Construíram 4 prédios no lugar do campo, mais um que fica
bem na janela do meu quarto tampando a visão do lago.
E os eucalíptos acabaram de ser todos derrubados
para a construção de um cemitério.

Tinha sobrado um pedacinho de terra mas hoje apareceu
um trator escavando aqui...

"Parem o mundo que quero descer!"