quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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“Pare para ouvir o coração. Afaste-se do barulho e acolha com amor o ruído de suas inquietações. Sintonize-se na freqüência dos batimentos da alma. A alma é um ser vivo cuja linguagem é o silêncio e a respiração é a paz. Você é a alma. Nessa percepção tudo se aquieta, dentro e fora. Nesse estado Deus consegue ouvir você. A linguagem de Deus também é o silêncio. E a respiração Dele é o Amor. Silêncio é a senha para conectar com Deus. Amor divino é a experiência.”
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Organização Brahma Kumaris

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Das aflições da vida

São tantas coisas pra escrever. Tanto a dizer. Tantas impressões pra transformar em palavras. Talvez o texto não saia como eu quero. Até porque agora não é um daqueles momentos em que tudo vem à tona e você sente que precisa falar! Não. Estou escrevendo agora apenas para atrair o sono.

E ainda está tão confuso para mim que nem encontro o começo, o meio e o fim. Eu sei que tenho muitas dúvidas. Muitas perguntas sem resposta. Por mais que reflita. Assim, cheguei à conclusão de que é um momento de crescimento espiritual. Sabe quando você tem uma prova acadêmica, não tem nenhuma dúvida sobre a matéria e quando vê, sua nota é vermelha? Ou quando você acha que entendeu tudo sobre determinado assunto até que chega alguém e lhe faz uma pergunta que você não sabe responder? Então você se dá conta de que quando não se tem dúvidas é porque você ainda não entendeu direito. O questionamento é o indicativo da compreensão. E é isso que tem acontecido comigo. Estou com muitas dúvidas a repeito do ser.

Não vou ter a pretensão de querer compreender o ser na sua totalidade. Nem sei se isso é possível. Mas não vou sequer ter a pretensão de entender metade. Não por ora. Eu admito que antes preciso atingir a grandeza necessária. Mas por outro lado, sinto que é um impasse para o meu crescimento a falta de compreensão de alguns aspectos. E quais são esses aspectos, nem eu mesmo sei enquanto estou escrevendo este texto. (Acho que agora compreendo um pouco Rodrigo SM).

Antes de responder a questão é preciso entender a questão em si. Antes de entender a resposta é preciso entender a pergunta. E só aí já vai tempo demais.

Sempre a Universidade. Qual é a lição, Deus? Bom, também preciso admitir que eu, na minha impaciência, estou sempre querendo ver o fim sem passar pelo meio; ler a última página. Por isso, agora percebo que é o momento de crescimento, passo-a-passo.

Mas um texto também precisa ter alguma graça. Precisa ter uma causa. (Precisa?). Pelo menos pra mim, que não sou artista. (Não sou?). É que as pessoas fazem coisas injustificáveis! Imcompreensíveis! A impressão que eu tenho é que se o sujeito existisse sozinho, não existiria. Há sempre a necessidade de um outro alguém. Pois tudo é feito em função de mostrar para alguém. O sujeito vive não para si. Para o outro. Como se veste, como fala, como anda, como gesticula, como disfarça, como mente, como canta, como come, como dirige. Tudo é para os outros. E então, a impressão que eu tenho é que se não houvesse os outros, BOOM! Ele explode. Pisca pela última vez. Depois vira hipótese.

Mas por que?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

The Age of Vuvuzelas is Over


Faz tempo que estou querendo voltar a escrever no blog. Ao entrar na faculdade descobri que como se não bastasse ser um bom aluno, também é preciso ser um bom pesquisador e realizar atividades de extensão. Tudo isso somado às minhas responsabilidades pré-existentes de ser filho, neto, irmão, amigo, cidadão, faz com que sobre pouco tempo para ser eu.

Entretanto, curiosamente (como a vida é), desde o primeiro dia na faculdade senti uma necessidade avassaladora de escrever. Há muito material humano na Universidade que desperta a minha ânsia por gritar. (se a carapuça servir, não faça alarde, fique quieto porque talvez eu nem estivesse me referindo a você). E agora, passados 17 meses, acho que estou preparado para dar conta de mais esta tarefa.

Não foi por acaso que a disposição e a intuição coincidiram em mim hoje, tornando possível sentar e digitar. Hoje, 2 de Julho de 2010 - o dia em que a seleção brasileira de futebol foi eliminada da COPA do mundo pela seleção holandesa - me pareceu o dia ideal para exercer o meu direito ao grito (não o grito de comemoração que dei ao saber o resultado do jogo; o grito metafórico).

Mas como um atleta que se recupera de uma lesão, não pretendo me forçar muito no meu retorno ao exercício de gritar. Deve ser de forma gradual. Só gostaria de dizer que me senti muito bem ao observar as bandeiras serem tiradas das janelas hoje, pois essa atitude confirmou a minha suspeita de que aqueles que me acusam de não ser patriota são menos patriotas ainda, alem de hipócritas. E o que mais me incomoda não é o ser ou não patriota, mas a hipocrisia.

Eu continuo sendo tão patriota quanto eu era, mesmo depois do jogo. E os jogadores continuando sendo tão ricos. Já os Srs. Patriotas da Copa entraram em recesso; guardaram a camisa amarela. Agora eles voltarão a acompanhar o campeonato brasileiro para, no dia seguinte, ter um motivo para sacanear o colega de trabalho ou de escola, e terão de aguardar mais 4 anos para ter um motivo para sacanear a Argentina, digo, para serem patriotas.