São tantas coisas pra escrever. Tanto a dizer. Tantas impressões pra transformar em palavras. Talvez o texto não saia como eu quero. Até porque agora não é um daqueles momentos em que tudo vem à tona e você sente que precisa falar! Não. Estou escrevendo agora apenas para atrair o sono.
E ainda está tão confuso para mim que nem encontro o começo, o meio e o fim. Eu sei que tenho muitas dúvidas. Muitas perguntas sem resposta. Por mais que reflita. Assim, cheguei à conclusão de que é um momento de crescimento espiritual. Sabe quando você tem uma prova acadêmica, não tem nenhuma dúvida sobre a matéria e quando vê, sua nota é vermelha? Ou quando você acha que entendeu tudo sobre determinado assunto até que chega alguém e lhe faz uma pergunta que você não sabe responder? Então você se dá conta de que quando não se tem dúvidas é porque você ainda não entendeu direito. O questionamento é o indicativo da compreensão. E é isso que tem acontecido comigo. Estou com muitas dúvidas a repeito do ser.
Não vou ter a pretensão de querer compreender o ser na sua totalidade. Nem sei se isso é possível. Mas não vou sequer ter a pretensão de entender metade. Não por ora. Eu admito que antes preciso atingir a grandeza necessária. Mas por outro lado, sinto que é um impasse para o meu crescimento a falta de compreensão de alguns aspectos. E quais são esses aspectos, nem eu mesmo sei enquanto estou escrevendo este texto. (Acho que agora compreendo um pouco Rodrigo SM).
Antes de responder a questão é preciso entender a questão em si. Antes de entender a resposta é preciso entender a pergunta. E só aí já vai tempo demais.
Sempre a Universidade. Qual é a lição, Deus? Bom, também preciso admitir que eu, na minha impaciência, estou sempre querendo ver o fim sem passar pelo meio; ler a última página. Por isso, agora percebo que é o momento de crescimento, passo-a-passo.
Mas um texto também precisa ter alguma graça. Precisa ter uma causa. (Precisa?). Pelo menos pra mim, que não sou artista. (Não sou?). É que as pessoas fazem coisas injustificáveis! Imcompreensíveis! A impressão que eu tenho é que se o sujeito existisse sozinho, não existiria. Há sempre a necessidade de um outro alguém. Pois tudo é feito em função de mostrar para alguém. O sujeito vive não para si. Para o outro. Como se veste, como fala, como anda, como gesticula, como disfarça, como mente, como canta, como come, como dirige. Tudo é para os outros. E então, a impressão que eu tenho é que se não houvesse os outros, BOOM! Ele explode. Pisca pela última vez. Depois vira hipótese.
Mas por que?